sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Saí...

Saí de casa
Não, não fugi
Saí, apenas
Deixei estas “quatro” paredes por uns momentos e saí
Fui ao cinema
Sim uma sala com um ecrã grande
Pois realmente também tem quatro paredes
Mas não são estas paredes que me rodeiam agora,
São outras e isso faz toda a diferença
Se calhar não era um cinema
Era um café
É isso mesmo,
Um café
Ou melhor, uma esplanada
Sim, dava para sentir uma brisa e ouvir as folhas das arvores a abanar
E estava sombra…


Encontrei um amigo
Sim um amigo muito amigo
Uma daquelas pessoas de quem eu realmente gosto
E que realmente se importa comigo
Ficou feliz por me ver,

Acho que também fiquei feliz,
ele deixa-me em paz comigo mesma e com o mundo
Não nos encontrávamos desde o final do ano
Já foi há muito tempo,
Tava a precisar e acho que ele também
Tem tido problemas e pouco apoio
Acho que fui útil e amiga dele
Espero que sim
Pelo menos era o meu objectivo
Que dizer eu não sabia q o ía encontrar
Mas se o encontrei foi por algum motivo
Sim eu acho que tudo acontece por um motivo…

Ele teve que ir embora
É pena

Eu fiquei
Não queria voltar a ser cercada pelas paredes desta casa
Queria tar livre
Como um pássaro
E voar para onde o vento me levasse
Mas infelizmente isso não foi possível
E eu voltei, como sempre, a este sítio.
Mas porquê?
orque é que isto tem que voltar sempre a acontecer?
É um ciclo vicioso…
E eu é que acabo mal nesta situação
Porque fico presa à rotina
Porque fico presa às paredes que agora me rodeiam
Bem que eu tento fugir delas
E tento sair do quarto, e até mesmo de casa,
Mas nem sempre isso é possível
E acabo por passar horas rodeada por estas quatro paredes

Saí outra vez…
Desta vez fui mesmo ao cinema
Fui ver uma comédia romântica
Daquelas em que nada é real
Mas que todos gostávamos que fosse
Então eu… não me importava nada…
Mas nem vale a pena sonhar
Voltando ao cinema…
Fui sozinha,
Não gosto de andar sozinha
Bem sei que às vezes faz bem
Mas não gosto…
Não tenho com quem rir
Com quem aparvalhar
Com quem conversar…
Realmente as pessoas fazem falta,
Os amigos fazem muita falta mesmo
Até porque sem saberem conseguem animar-nos
E divertir-nos quando nos sentimos presos
Mas não se pode ter tudo…
Andei a “vadiar” depois de ter acabado o filme…
Não queria sequer lembrar-me que tinha que voltar aqui
Queria andar por aí para sempre
A descobrir o mundo…
E a mim mesma

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