Naquele mesmo dia, durante anos, cruzámo-nos algures no mundo. Sempre, todos os anos. Sem sabermos. Sem nos conhecermos. Foi assim que tudo começou. Com um dia em que o acaso nos juntou e entrançou os nossos destinos... Ficámos para sempre ligados, mesmo sem sabermos, mesmo sem nos conhecermos. E ainda nos encontramos, sim. Foi uma ligação para sempre. Num desses anos, nesse mesmo dia de sempre esbarrámos um no outro (finalmente!) e assim tem sido. Cada dia, um dia como esse. Em que o mundo nos une, nos liga um ao outro de uma forma... diferente. Ao ponto de estarmos juntos todos os dias e nunca termos saído fora disso, só nos vemos e falamos, nada mais. E no entanto, uma ligação tão forte, tão intensa, tão rica. E eu aqui estou, a contar esta história. Do dia em que os dias mudaram, do dia em que tudo parecia igual mas algo muito grande tinha mudado: o destino..
Uma junçao dos papelinhos que me constituem. Um pouco de tudo, um pouco de nada... Sou eu, a menina dos papelinhos!
sexta-feira, 30 de novembro de 2012
terça-feira, 6 de novembro de 2012
Sentir que nada é como dantes... Sentir uma estranheza enorme... Sentir um vazio preenchido de rancor e de incompreensão... Sentir o peso de tudo isto em cima do meu mundo invisível... A desmoronar aquele mundo que é só meu, do meu íntimo... Aquele que o sorriso e a gargalhada conseguem esconder... Sentir tudo isto e guardar só para mim, só entre mim... Tudo por um bem maior... Para não desintegrar mais nada. É um esforço. É difícil..
segunda-feira, 15 de outubro de 2012
domingo, 30 de setembro de 2012
Há coisas que simplesmente nunca mais voltam a ser as mesmas. Por mais que queiramos, por mais que lutemos, por mais que se deseje. Depois de uma mudança, nada volta a ser igual. Cada dia me apercebo mais disso.. Depois da ausência, por mais que estejamos juntos não voltamos a ser o que já fomos. Depois das palavras proferidas, já não se pode voltar atrás e elas já vão surtir o efeito que o seu significado possui... E podem ou não arruinar tudo para sempre. É assim a vida e a efemeridade dos momentos... De um momento para o outro, click! Tudo mudou. E para sempre...
segunda-feira, 24 de setembro de 2012
Os momentos inesperados são sempre mais saborosos, têm um je ne sais quoi que agrada e que nos marca. Sim, o factor surpresa é sempre o melhor. Faz bem, traz mais alegria à Vida. Senão caíamos na monotonia. Pois é. A monotonia. Que coisa chata, que nos invade os dias e que nos faz ficar presos num ciclo rotineiro... É assim que anda a minha vida e o meu estado de espírito. Monótono. Monótono de mais! Falta acção, faltam novidades, falta emoção. E essencialmente acho que faltam pessoas novas. Para renovar os ares. Talvez seja essa receita. Entretanto vive-se a monotonia, sempre na esperança de que algo inesperado aconteça. Só para apimentar mais a vida.
segunda-feira, 11 de junho de 2012
Quando a história acaba mas não diz logo FIM
Quando penso no tempo acho sempre que ele "pára" e que estou no presente para sempre. Que as coisas essenciais nunca se alteram muito com o decorrer dos dias e que a minha vida vai estando sempre na mesma. Até que depois acontece isto ou aquilo que me faz perceber que o presente está só no instante imediato que daqui por um segundo tudo pode mudar. Claro que nem sempre as coisas que acontecem têm uma radicalidade assim mas o facto de que vão mudando com o decorrer dos instantes nem sempre é lembrado na minha cabeça. E assim vejo como tudo mudou, de um dia para o outro. Bem, talvez tenha sido de um dia para o outro apenas na minha cabeça, na realidade acho que foi progressivo, com várias situações que hoje me fazem perceber como tudo mudou. Já não há aquela troca de olhares comprometedora, aqueles instantes em que o mundo começa a girar e só nós estamos parados... E agora somos só eu e só tu, separados. Não que algum dia tenhamos sido juntos, mas é diferente. E aí é que percebo como tudo mudou, como tudo muda continuamente sem que eu me aperceba. Como eu só reparo quando as coisas estão realmente diferentes, quando tu e eu somos só tu e eu, porque os sinais de mudança têm-me passado ao lado e não me tinha apercebido que nos estávamos a separar. Ainda assim gosto de pensar que não foi tudo um filme, que não foi tudo imaginado na minha cabeça. Mesmo que agora seja só eu. E quando olho para ti continuas a ser só tu, com esse teu ar engraçado.
sexta-feira, 4 de maio de 2012
"Pedaços daquilo que sabia ser o dia entre aquilo que me parecia ser a noite. Pedaços do quarto sozinho, com a luz única da janela fechada, entre um sítio escuro onde tudo acontecia sem esforço. Eu acordava e voltava a adormecer. Eu acordava e sabia que o dia existia depois do quarto sozinho e fechado, depois da penumbra. Eu voltava a adormecer e era inundado pelo mundo do sono. Quando acordava, tentava agarrar-me a esses instantes enquanto tentava que qualquer movimento me despertasse completamente, mas voltava a adormecer, e nao sei quanto tempo passava até voltar a acordar, e o quarto, e o dia, e passava um momento, e voltava a adormecer. Depois, houve uma vez em que acordei e, sem explicação, estava completamente desperto. Não voltei a fechar os olhos. Esfreguei os olhos com as mãos fechadas. Nao pensei nas vezes em que tinha acordado e adormecido. Acordei. Deixei para trás o mundo do sono. E levantei-me. Abri as portas da janela e encadeei-me com a luz. Era uma das horas da tarde próximas do fim da tarde. Aos poucos, ao acordar, reconstruía-me. A memória regressava e as ideias nasciam da memória."
in Uma Casa na Escuridão, José Luís Peixoto
Mais uma vez sou surpreendida com um jogo brilhante de palavras enquanto leio e saboreio mais um livro de José Luís Peixoto. É tão real a forma como ele descreve o momento de acordar que me consigo sentir na pele da personagem e sentir aquele acordar calmo, sereno, em que a memória regressa e todo o mundo, que para mim parou durante o sono, volta a fazer sentido. Em que volto ao real e sinto o "peso" de tudo aquilo que me acompanha diariamente. Porque no sono há o sonho e esse é rival da realidade. Quase nunca jogam no mesmo campeonato e aquilo que mais desejamos muitas vezes acontece só nos sonhos... Mas é assim a vida e é com o real que temos de nos preocupar...
Neste momento só consigo pensar que construí castelos no ar em relação a ti, em relação a ti e a mim. Depois de tanto tempo de situações "estranhas", bocas, comentários, toques e olhares achei por bem (apesar de quase obrigada!) deixar-te a dica... E entretanto nada de resposta, nada de feedback, nada de nada. Sinceramente prefiro um não a um nada! E só me desmoralizo e penso quão parva tenho sido nos últimos tempos em relação a nós. E só tenho uma questão a pairar no pensamento: terá sido tudo um filme da minha cabeça?
domingo, 22 de abril de 2012
Tenho andado um bocado ausente aqui no blog, não é que me tenha esquecido, porque até "cá passo" várias vezes durante a semana, nem que não tenha algo sobre o que escrever, mas a verdade é que estou com uma certa dificuldade de expressão. As palavras fluem mas ganham uma dimensão que não pode nem deve ser divulgada. Por isso não tenho partilhado nada neste blog e tenho guardado tudo para mim. Mas a inspiração anda cá, talvez agora volte a partilhar e a contar um pouco desta minha história...
quarta-feira, 4 de abril de 2012
"O Amor produz alegria e a alegria é uma forma de Amor."
Papa Bento XVI
Nunca pensei muito nisto, nem sequer interliguei os sentimentos, mas faz todo o sentido e sinto-o mesmo a acontecer na minha vida. A Alegria e o Amor fazem parte de um ciclo, em que um influencia o outro ou lhe dá origem. E é tão magnífico que isso assim o aconteça! Como a alegria nos torna capazes de Amar ou como o Amor nos deixa tão alegres. E o Amor por todos, por igual e sem esperar nada em troca. É esse o verdadeiro e que nos dá a alegria mais verdadeira e única. Por vezes é difícil, muitas vezes aliás! Mas desistir não faz parte do dicionário e o melhor é mesmo tentar Amar a todos e sentir esta alegria tão verdadeira, tão genuína.
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