“— Sabe o que na verdade é o mal?
(...)
— É a incapacidade de nos pormos no lugar do outro. Quando os soldados matam mulheres e crianças como quem mata formigas, estão possuídos pelo mal porque não conseguem pôr-se no lugar das vítimas, não conseguem perceber a posição delas nem sentir o que elas sentem. O mal é a incapacidade de imaginar os sentimentos do outro e de os sentir como se pudéssemos ser nós. (...) O bem é pormo-nos no lugar do outro. E actuar em conformidade, claro.
[…]
Para que o amor derrote o mal.”
in O Anjo Branco, de José Rodrigues do Santos
Não é o meu escritor favorito, nem sequer é um autor que eu diga que é muito bom, acho que é mais um que escreve para vender, mas, apesar disso li o seu livro (que por sinal me foi oferecido...). E gostei. E gostei especialmente desta "definição" de mal que aparece mais para o final do livro. Durante todo o livro a personagem principal debate-se com as lutas entre bem e mal, as diferenças, as controvérsias, e no fim conclui isto. E eu, que nunca tinha conseguido definir bem o mal, concordo com esta definição, gosto bastante, identifico-me. Ana gosta disto! =P